quinta-feira, 14 de junho de 2007

Respondendo a mais críticas à OLPC

Espaço há, pra tudo nesse mundo, mas temos a responsabilidade e cada vez mais consciência de que precisamos, sim, de discussões filosóficas, de parâmetros ideológicos - porque não existe Educação isenta de intencionalidade. E ao escolhermos essa ou aquela vertente, estamos dizendo a que viemos e aonde queremos chegar.

São as necessárias decisões políticas, no caso, político-pedagógicas.

Por se acreditar que há espaço para qualquer iniciativa, boas ou ruins (e essa adjetivação é absolutamente subjetiva), é que temos convivido com toda uma gama de situações cujo resultado é o que temos, quase nada. Confundimos instrução com Educação, sem conseguir sequer dar conta da primeira, ou imaginando que a primeira levará à segunda... Por se acreditar que qualquer iniciativa é válida é que se multiplicam os projetos de alfabetização, por exemplo, onde as pessoas aprendem apenas a decodificar o código, mas não se apropriam da leitura e da escrita, portanto, não aprendem a ler e a escrever...

Equívocos à parte... mais uma vez reitero a idéia de que estamos diante de uma oportunidade única, de estarmos fazendo parte de um momento histórico em que podemos mudar o rumo do que tem sido feito até então. Essa mudança é radical e diz respeito, sim, ao tipo de material que iremos utilizar e como iremos utilizar, porque sabemos onde queremos chegar. Queremos uma sociedade pensante, e para educar pessoas para pensar não serve qualquer iniciativa dita educacional.

Decididamente, "qualquer coisa" não serve!

É uma mudança que vislumbra um salto qualitativo na Educação do nosso país, levando em conta tudo o que já aprendemos. É hora de sair do lugar-comum, de fazer diferente, o que nunca foi tentado, sem medo de criarmos os nossos próprios modelos.

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