segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Entrevista à Folha Dirigida

FOLHA DIRIGIDA / CADERNO DE EDUCAÇÃO – 6 A 12 DE DEZEMBRO DE 2001

Denise Vilardo diz que a leitura e a escrita são quase como respirar e falar.


Mais do que um hábito, a professora Denise Vilardo, da diretoria de Educação Fundamental da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, diz que a leitura deveria ser um vício. Segundo ela, o acesso ao livro é essencial para o que o estudante dos dias atuais possa exercer sua cidadania.

"É fundamental, é básico! A leitura e a escrita são quase como respirar e falar, ou seja, nos dias de hoje é extremamente difícil alguém sobreviver na nossa sociedade sem o desenvolvimento dessas habilidades. Aliás, a leitura deveria se tornar um vício. Apenas hábito é pouco, além de ter uma conotação de coisa chata. Já vício é aquilo que traz prazer e você não consegue se livrar. Se tiver que haver um vício do bem, que seja o da leitura", observa.

Denise Vilardo ressaltou ainda a motivação dos estudantes da rede municipal de ensino ao participarem do Projeto Redação 2001. Segundo ela, cada escola teve liberdade para escolher os temas e selecionar o texto que representaria a instituição. O objetivo, segundo Denise Vilardo foi permitir que o concurso de redação fizesse parte da orientação Pedagógica das escolas.

“A orientação que demos foi que o produto final (no caso, a redação) fizesse parte do processo pedagógico que o aluno estivesse vivenciando - para que o mesmo não “caia de pára-quedas" nem na cabeça do aluno, nem na do professor - ou seja, que o professor articulasse a proposta do projeto com os conteúdos que ele estivesse trabalhando", expli¬ca Denise Vilardo.


Eis a entrevista:


Folha Dirigida
- Como foi a realização do Projeto Redação 2001 nas escolas da rede municipal de ensino? Como a coordenação enfrentou o desafio de escolher, entre tantos da rede, os que comporiam os livros com as redações selecionadas no concurso de redação?


Denise Vilardo
- A realização do projeto se deu através da ampla divulgação de seu regulamento, cartazes e fichas de inscrição, além do envolvimento e apoio que tivemos dos Coordenadores das dez Coordenadorias Regionais de Educação (E- CREs). Quanto à escolha, ficou combinado, desde o início, que a seleção se daria na própria unidade escolar - que deveria nos enviar apenas um texto, que representaria a escola.

Folha Dirigida - Qual foi a orientação geral da Secretaria Municipal de Educação para as escolas realizarem o concurso de redação? As famílias foram, de alguma forma, envolvidas no Projeto?


Denise Vilardo
- A orientação que demos pode ser estendida a todos os projetos dos quais fazemos parte, que é, em primeiro lugar, que o produto final (no caso, a redação) faça parte do processo pedagógico que o aluno esteja vivenciando - para que o mesmo não "caia de páraquedas" nem na cabeça do aluno, nem na do professor - ou seja, que o professor articule a proposta do projeto com os conteúdos que ele estiver trabalhando; em segundo lugar, é fundamental que os envolvidos queiram participar do projeto, se sintam motivados para participar. No caso do Projeto Redação 2001, o fato do tema ser livre, facilitou ainda mais o engajamento do professores e dos alunos. Quanto ao envolvimento das famí1ias a importância delas fica evidente nos textos dos alunos.
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Folha Dirigida - Quantos estudantes participaram do Projeto Redação 2001 na rede municipal de ensino? Quantos estudantes a rede possui atualmente? Como foi a receptividade dos participantes ao concurso?


Denise Vilardo
- "Nós recebemos 121 redações, o que significa dizer que tivemos 121 escolas envolvidas. Quanto ao número de estudantes que participaram é difícil afirmar porque, como já foi dito, cada escola escolheu apenas uma redação para nos enviar. Não podemos precisar quantas turmas foram envolvidas neste processo. A rede municipal conta, atualmente com quase oitocentos mil alunos no Ensino Fundamental, incluindo aí a Educação Infantil e os alunos do Projeto Educação Juvenil. A receptividade e a expectativa que os projetos geram são sempre positivas. Aliás, a participação de nossos alunos e professores em diferentes projetos - inclusive de abrangência nacional – tem sido motivo de muito orgulho para a SME, pois estamos sempre sendo agraciados pela qualidade dos trabalhos apresentados.

Folha Dirigida - O que representou, para a Secretaria Municipal de Educação, participar deste concurso?


Denise Vilardo
- Todo projeto que venha a incentivar a participação de nossos alunos e, conseqüentemente, a sua inserção na sociedade letrada, mostrando a sua capacidade, criatividade e competência, será bem-vindo. O Projeto Redação 2001 traz de interessante a possibilidade de nossos alunos terem os seus textos divulgados através de um livro, o que vai fazer com que mais pessoas conheçam a qualidade do trabalho que é desenvolvido nas Escolas Municipais. E também uma oportunidade de divulgar atitudes positivas para a população, num momento em que só se divulgam atitudes negativas, principalmente o que diz respeito às classes menos favorecidas da sociedade. Esse Projeto mostra, fundamentalmente, que os alunos são capazes de pensar criticamente sobre o mundo que os rodeia.


Folha Dirigida
- Na sua opinião, qual a importância da leitura e da escrita dentro do processo de formação escolar?


Denise Vilardo
- É fundamental, é básico! A leitura e a escrita são quase como respirar e falar, ou seja, nos dias de hoje é extremamente difícil alguém sobreviver na nossa sociedade sem o desenvolvimento dessas habilidades.E quando falo em leitura e escrita, não apenas soletrar palavras (ler e não entender o que lê), ou escrever apenas o essencial. É algo mais. É o aluno se apropriar da leitura e da escrita como processos internos seus, que o auxiliam a pensar melhor, que têm características próprias, embora as funções sejam comuns. As exigências sociais apontam, cada vez mais, para a necessidade de se dominar essas habilidades com competência e, é claro, a escola é essencial nesse processo, atuando como formadora / desafiadora em sua proposta pedagógica.

Folha Dirigida - Que benefícios o hábito da leitura e o domínio da expressão escrita são capazes de trazer aos estudantes?


Denise Vilardo
– O principal benefício é se sentir um cidadão pertencente ao mundo, e não apenas espectador da vida. Aliás, a leitura deveria se tornar um vício. Apenas hábito é pouco, além de ter uma conotação de "coisa chata". Já o vício é aquilo que traz prazer e você não consegue se livrar. Se tiver que haver um "vício do bem", que seja o da leitura. Já a expressão escrita é uma das formas do homem dizer de si e do mundo, podendo registrar suas crenças, seus sentimentos, dúvidas e certezas, produzindo novas formas de dizer, podendo registrar e compartilhar suas idéias. Acho que isso tudo colabora para a formação de um indivíduo mais feliz, que é, em primeiríssima instância, o motivo pelo qual vamos para a escola.

Folha Dirigida - Educadores são unânimes em afirmar o papel fundamental do incentivo à leitura e à escrita. No entanto, não são poucos os que afirmam que o estudante brasileiro ainda lê pouco e escreve mal. A senhora concorda com estas idéias?


Denise Vilardo
- Essa resposta daria uma tese... Vamos por partes: o estudante brasileiro lê pouco e escreve mal. Eu diria que o professor brasileiro lê pouco e também escreve mal. Por quê? Porque vivemos num sistema econômico extremamente perverso, em que os livros custam,em média, R$30,00. Esse é um valor proibitivo para o professor brasileiro. Significa, segundo os esforços do nosso Ministro da Educação, dez por cento do salário nacional para os professores... esse para mim é o principal motivo para as pessoas não lerem livros (revistas e jornais também são caros para se estabelecer uma rotina de leitura). Quanto a escrever mal, eu diria que nós escrevemos pouco. Nós não temos uma cultura de escrever. Os cursos médios e superiores não exigem que se escreva. Quanto mais você avança na escolaridade, menos você escreve/inscreve a sua palavra. O sujeito é capaz de se formar num curso de graduação, sem ter escrito uma linha sequer de sua própria criação. Fomos formados, acreditando que só escreve bem quem tem um dom. Fomos forjados com essa "falsa verdade", e os cursos continuam fazendo isso com os estudantes. Fazendo as pessoas acreditarem que não são capazes... Esse é o resulta¬do. E aí saímos por aí, acreditando em um monte de "lugares-comuns", e buscando outro monte de culpados, espalhando que lemos pouco e escrevemos mal... Fala sério!... Quanto aos incentivos, a situação está melhorando. Hoje em dia existem vários movimentos governamentais e não governamentais que incentivam a leitura e a expressão escrita.

Folha-Dirigida - Como a senhora avalia a situação das bibliotecas públicas no Rio de Janeiro? A criação de mais espaços como estes poderia ser uma forma de estimular o estudante a ler mais?

Denise Vilardo
- Ainda são poucos os espaços existentes e a programação oferecida é muito mal divulgada. Falta a mídia se interessar... É claro que quanto mais espaços tivermos, mais incentivo teremos para ocupá-los. O que é necessário, é que esses espaços sejam de produção de leitura; ou seja, há que haver espaço para contação de histórias, para dramatizações, para troca de impressões sobre as leituras feitas e, também, para uma boa leitura silenciosa. O estudante vai se interessar mais pela leitura, na medida em que a escola estimulá-lo a ler pela boniteza da palavra escrita e não para fazer prova, ou para responder a perguntas em um teste.


Folha Dirigida
– Quais os principais programas de incentivo à leitura e à produção textual desenvolvidos atualmente pela Secretaria Municipal de Educação?

Denise Vilardo
- A SME desenvolve alguns projetos que têm, por mérito, o fato de terem surgido dentro das escolas, através de trabalhos desenvolvidos pelos professores e que foram acolhidos por esta Secretaria para serem compartilhados com os professores de todas as escolas. Há onze anos temos o Projeto Poesia na Escola, que tem como objetivos trabalhar questões teórico-metodológicas relativas ao fazer poético, "apresentar" diferentes poetas e suas poesias, estimular a produção do texto poético tanto em alunos, quanto em professores, através de oficinas para os professores. Esse trabalho se desdobra nas salas de aula, com os alunos e, anualmente, temos um "Concurso de Poesia", onde são selecionados cerca de 60 poemas de alunos e 60 poemas de professores, que formam duas coletâneas distintas e são publicadas em livros e distribuídas às escolas. Outro projeto que temos já há dezessete anos, é o "Lendo e escrevendo com prazer" que, em sua versão atual, trabalha com uma temática determinada a cada ano, mobilizando os professores, através de oficinas, onde são discutidas questões relativas aos diferentes tipos de texto e sua produção. Cabe lembrar que, só neste ano, a Prefeitura disponibilizou R$500,00 para cada escola comprar os livros que julgasse mais interessantes para seus alunos e professores, para serem gastos na Bienal e outros R$500,00, com a mesma finalidade, para o Salão do Livro Infanto-Juvenil, que ocorreu recentemente no MAM. Além de, é claro, participar de todos os projetos que estimulam a participação social dos alunos, como o Redação 2001.

DEBATES FIZERAM PARTE DA ROTINA DO PROJETO

Cada escola que participou do Projeto redação 2001 procurou orientar o concurso da forma em que se encaixasse mais perfeitamente com sua orientação pedagógica.

No entanto, pode-se dizer que um traço comum a todas foi o fato de todas realizarem atividades específicas voltadas para embasar os estudantes antes da elaboração dos textos. Na maior parte dos casos, esta preparação foi feita através de debates, em sala de aula, a respeito dos temas escolhidos pelas equipes que coordenavam o projeto. Estudantes e professores, neste caso, levaram reportagens, textos e outras fontes de informação para incrementar as discussões.

A etapa de preparação, que precedia a data em que os estudantes eram reunidos para a elaboração de seus textos, não ficava apenas nos debates. Em várias escolas, professores levavam vídeos, livros e promoviam palestras com especialistas dos variados temas. Além disso, os estudantes foram incentivados a procurar em páginas da Internet material informativo que, depois, poderia ser usado em seus textos.

Carta a O Globo

Rio de Janeiro, 02 de fevereiro de 1999

Sr. Editor, gostaria que o mesmo espaço dado ao Prof. Jerônimo Rodrigues de Moraes Neto, da UFRJ, para publicação do seu artigo A Educação caiu do cavalo, de 02/02/99, fosse concedido a mim, numa tentativa de esclarecimento ao público.

A EDUCAÇÃO NÃO CAIU DO CAVALO PORQUE ANDA DE CARRO

É fato que a crise econômica tem levado alunos oriundos das escolas particulares para as escolas públicas. É fato, também, que, assim que a situação familiar melhora um pouco, os pais retornam com os filhos para as escolas particulares.
Por que são melhores? Há controvérsias...
Gostaria de relativizar essa situação. É senso comum – e por isso mesmo está no imaginário social – que escola boa é a particular...
Podemos enumerar alguns motivos discutíveis:
a) é porque não há falta de professores;
b) é porque o “ensino é puxado”;
c) é porque “não quero que meu filho se misture”;
d) e, agora, é porque reprova.
Quanto ao primeiro possível motivo alegado, é fato que a Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro tem se esforçado para garantir a presença dos professores nas classes, utilizando desde a abertura de concursos, periodicamente, até a contratação esporádica de profs. por tempo limitado.
Note bem: a falta de profs. não deve ser vista como conseqüência de baixos salários, uma vez que a maioria das escolas particulares, no Rio de Janeiro, paga menos que a Prefeitura. Não podemos ter como parâmetro meia dúzia de escolas que realmente pagam acima da tabela do sindicato, certo?
Na verdade, administrar uma Rede de quase 40 mil professores que se aposentam e se licenciam por motivos de saúde, ou para estudos – sim, a Prefeitura concede licenças para estudo, porque quer um professor qualificado, atualizado – requer muita competência.
Quanto ao item b, a maioria das famílias cai na balela do “ensino puxado”, muito mais por tradição, ou porque “no meu tempo era assim...” – que, normalmente, se traduz em páginas e páginas de deveres de casa, muitas unidades dos livros didáticos para estudar, questionários para responder e pesquisas que só os pais conseguem realizar.
Podemos enumerar, aqui também, os equívocos: os incontáveis deveres de casa servem, acreditam, para fixar a matéria dada na escola, esquecendo-se que a aprendizagem é construção e não fixação para decorar, além de, é claro, manter a criança ocupada com os deveres, que assim não pensa e nem faz “besteira”, e nem dá trabalho aos pais...
A escola é boa porque é exigente. Exige dever, exige nota, exige disciplina rígida. Afinal, alguém tem que dar educação a essas crianças... É a escola do “não pode”.
Naturalmente, deve ser por este motivo, que a população brasileira é tão educada, sabida, e a elite de maior prestígio, que tem os rumos do país em suas mãos, é tão competente, tão honesta, é óbvio que é porque é fruto dessa escola exigente, que sempre foi tão boa...
O item c é o que, normalmente, as pessoas custam mais a assumir, mas que funciona mais ou menos assim: “Meu filho? Junto com aqueles favelados?”; “Aqueles meninos do CIEP não querem nada. Lá só tem preto. Eles não têm nem família!”
A quem estamos querendo enganar? É a Bélgica não querendo se encontrar com a Índia...
Somos brasileiros, misturados e deveríamos nos orgulhar disso, ensinando nossos filhos a respeitarem o próximo – que não é tão diferente assim de nós mesmos, como alguns querem crer.
O último item é o mais polêmico e as pessoas, afoitamente, começam a pré-julgar as situações, mais uma vez, dominadas pelo senso comum.
Escola boa é a que reprova. Por quê?
Desde quando ser reprovado em alguma coisa é bom?
Quantas pessoas foram reprovadas na sua trajetória escolar, porque ficaram faltando alguns décimos para alcançar a nota final? E tiveram que repetir um ano letivo inteiro, ouvindo as mesmas coisas que o ano anterior? Isso significa um ano na vida de uma pessoa. Será que é pouco? E o desestímulo que uma reprovação acarreta? E o sentimento de “sou burro”, “não consigo aprender”?
Em que isso ajudou/ajuda as pessoas a serem mais felizes ou mais sabidas?
É preciso que fique claro que, por trás de uma medida institucional – como a atribuição de conceitos PS – Plenamente Satisfatório (e, não, planejamento satisfatório como foi publicado); S – Satisfatório e EP – Em Processo – adotada pela SME/RJ, há estudos, há teorias, há muita prática, há discernimento, há consulta aos profs., há proposta filosófica e compromisso com cerca de 700 mil alunos e a população dessa Cidade que quer – e nós oferecemos – uma escola pública de qualidade.
É preciso que professores e não-professores entendam que o compromisso da Educação é com o ENSINAR e o APRENDER, e não com a aprovação ou a reprovação.
O prof. que , nos dias de hoje, se sente aviltado porque lhe tiraram o poder de aprovar ou reprovar, perdeu o bonde da história; colocou todas as suas fichas num cavalo manco – já que o prof. a quem tento responder gosta de metáforas envolvendo animais – e agora se sente injustiçado. Ah, coitado...
Será que é isso mesmo?
O professor é o único profissional que se orgulha da derrota. “Reprovei 30 alunos!” Que beleza!
E as famílias acreditam que esse professor é que é bom. É firme. É rígido. Com ele não tem brincadeira.
Eu não quero que o meu trabalho seja reduzido a um mero “aprovei ou reprovei tantos alunos”. Eu não preciso reprovar alunos para provar que a minha disciplina é importante e muito menos usar a avaliação (entenda-se testes e provas) para “dominar a turma” ou ameaçá-los.
Não é verdade que eu precise “submeter periodicamente” os meus alunos a uma avaliação, para me sentir mais honrada ou para justificar que o meu trabalho é sério e de qualidade.
Avaliação faz parte do processo pedagógico, da rotina escolar, e serve apenas para redirecionar o meu trabalho. Serve apenas para que eu verifique onde as coisas não vão bem para que possa melhorá-las.
Se existe a “cultura da nota” e não acreditamos mais nela, cabe a nós mesmos mudar o que esta aí.
Com todo o respeito, “... a alegria de encontrar a verdade...” vai depender de onde ela está e com quem. A partir de que pressupostos?
Prof. Jerônimo, todos têm direito à Educação. Todos têm direito à alegria. Não apenas os alunos dos grandes colégios particulares do Rio de Janeiro, como o Sr. teima em comparar.
Não há leviandade em querer que alunos da Rede Pública APRENDAM, sem precisarem ser massacrados pela escola. Com certeza a vida já se incumbiu de massacrá-los.
Não é reprovando que se garante seriedade. Se assim fosse, do jeito que reprovamos tanto todo esse tempo, seríamos um povo carioca seríssimo...
E a SME/RJ não quer a aprovação automática. Quer, sim, que os professores ensinem e que os alunos aprendam; que sejam vistos, professores e alunos, como sujeitos, cidadãos que estão fundando um novo tempo.
Tempo de compreensão, de sabedoria, de solidariedade, de respeito, de justiça, de realidade (e não de faz-de-conta).
Tempo, prof. Jerônimo, de andar de carro, e por isso não dá mais pra cair do cavalo.






Profª Denise Vilardo Nunes Guimarães
Profª. da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro
Profª da Rede Particular